De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez crianças em idade escolar apresenta excesso de peso
O cuidado com a alimentação deve começar cedo na vida das crianças. Para isso, é preciso ficar atento não só ao que é servido dentro de casa, mas também com o que é ingerido pelos pequenos na escola. Levantamento realizado em crianças de 10 a 15 anos, apontou que predominam hoje na alimentação escolar alimentos pouco saudáveis como gulosiemas, salgadinho de pacote e bolachas, além do consumo elevado de refrigerante em detrimento de sucos e lácteos, segundo artigo publicado na Saúde em Revista*.
Na volta às aulas, é importante ficar de olho. Observou-se na pesquisa que 8,8% dos adolescentes entrevistados apresentam baixo peso, e 23,4% apresentam excesso de peso, sendo que, nas escolas públicas, há maior prevalência de baixo peso, e, nas escolas particulares, há maior prevalência de excesso de peso. Verificou-se também que 51,7% dos adolescentes consomem alimentos da cantina; 23,5%, lanche de casa; 32,6%, merenda; e 18,9% não consomem nada durante o intervalo escolar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma em cada dez crianças em idade escolar esteja com excesso de peso, o que representa numa faixa etária de 5 a 17 anos, que entre 2 e 3% dos pequenos estão obesos.
“O mau hábito alimentar pode trazer como resultado os males do colesterol alto e a hipertensão arterial já na infância, principalmente para os que possuem suscetibilidade genética. É imprescindível que a criança tenha uma alimentação equilibrada e consuma diariamente as quantidades de nutrientes adequadas para seu crescimento. Alimentos fontes de cálcio, ferro, vitaminas e minerais são alguns dos elementos indispensáveis de uma refeição saudável nessa idade”, relata a coordenadora de nutrição da Unilever, Gisele Pavin.
Por outro lado, a nutricionista explica que é fácil substituir alimentos gordurosos por opções mais saudáveis. “Na hora do preparo do lanche escolar, prefira alimentos que sejam atrativos às crianças e que façam a diferença no desenvolvimento físico e mental: bolos e tortas integrais sem recheios cremosos; sanduíches com proteínas magras como queijos, peito de peru ou atum, sucos enriquecidos com cálcio, vitaminas e outros minerais, essenciais ao bom funcionamento do organismo”, ensina Gisele.
Para economizarem tempo, os pais modernos utilizam produtos que ofereçam praticidade e rapidez no preparo do lanche. Entretanto, por serem ricas em gorduras saturadas, sódio, açúcar, conservantes químicos e pobres em vitaminas e minerais, essas guloseimas colocadas nas lancheiras podem acarretar problemas à saúde dos “pequenos”, como obesidade, colesterol alto, hipertensão arterial e, muitas vezes, pela falta de nutrientes essenciais, a redução da energia vital necessária para o desenvolvimento e crescimento físico e mental, podendo interferir na concentração, memorização e aprendizado.
*Análise do Lanche Escolar Consumido por Adolescentes. SAÚDE REV., Piracicaba, 9 (22): 7-14, 2007