Palavra de especialista
Cuidados com a Insolação nos dias quentes Publicado: 31 Janeiro 2011 | Última Atualização: 19 Setembro 2018

A insolação nessa época do anos é mais comum do que se imagina. Ela ocorre, especialmente, quando quem não é acostumado a se expôr ao sol abusa nas férias e nos feriados  rolongados.Além de prejudicar a saúde, o problema afeta toda a programação feita previamente para o período. Segundo a dermatologista Karina Nunes, da clínica Innove, de São Paulo, os sintomas iniciais variam desde a sudorese intensa, mal-estar passageiro, tonturas, dores de cabeça, dores abdominais, náuseas e vômitos, sempre associados com a sensação de febre alta.
 
Insolação é o conjunto de sintomas que acomete uma pessoa exposta demasiadamente ao sol.Quando exposto ao calor intenso, o organismo reage de maneira bastante peculiar. Para garantir que o aquecimento do corpo não traga prejuízos ao funcionamento dos órgãos e tecidos ocorrem a dilatação dos vasos sanguíneos superficiais, que deixam a pele vermelha, e o aumento da atividade respiratória. Com as respirações mais frequentes e a evaporação do suor produzido o corpo humano facilita a eliminação do calor em excesso. Quando persiste a exposição ao calor pode ocorrer a falência dessas respostas do organismo, podendo aí ocorrer o estresse pelo calor ou insolação explica Dra Karina.
Os sintomas iniciais variam desde a sudorese intensa (muito suor), um mal-estar passageiro, até tonturas, dores de cabeça, dores abdominais, náuseas e vômitos, sempre associados com a sensação de febre alta. Em fases mais avançadas observamos que a pele fica seca e podem ocorrer desmaios, convulsões e até a morte. O ideal é sempre buscar ajuda médica ressalta a dermatologista.
 
Para amenizar os efeitos da insolação é necessário:
 
-Baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente até o momento da consulta médica.Ao primeiro sinal de insolação, o melhor é levar a pessoa para um local fresco e arejado.
- Se possível coloque-o numa sala com ar condicionado frio, ou sob o fluxo de um ventilador.
- Remova o máxima de peças de roupa.
- Se possível borrife água fria em todo corpo, delicamente.
- Ofereça bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido (suco, agua de coco)
 
Em casos graves de queimadura e de aumento da temperatura corporal, a dica é aplicar compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas. Assim que possível coloque a pessoa imersa em banho frio ou envolto em panos ou roupas encharcadas.É importante observar os sinais vitais (consciência, batimentos cardíacos, freqüência respiratória)
 
Segundo a especialista, não basta usar o protetor solar na pele apenas uma vez ao dia, como a maioria das pessoas desavisadas costuma fazer.
 
— Deve-se reaplicá-lo mais de uma vez, de preferência a cada três horas e sempre 20 a 30 minutos antes de se expor ao sol, para este aderir à pele. Também há a necessidade da reaplicação quando se transpira muito e no caso de se tomar banho após a aplicação — ensina.
 
Além disso, não use filtros solares em bebês com menos de seis meses de idade. Mantenha-os fora do alcance dos raios solares.
O fator de proteção solar depende muito do tipo de pele e até mesmo do local que se quer proteger. A parte do corpo mais sensível ao sol, por exemplo, é o rosto, cuja pele tem menos de 1 mm de espessura, cerca de 100 vezes mais fina que a do braço, por exemplo.
O fator solar depende do tom da sua pele. Veja qual o seu caso:
:: pele muito branca
— corpo: FPS 40
— rosto: FPS 60
 
:: pele branca normal
— corpo: FPS 30
— rosto: FPS 30
 
:: pele morena ou negra
— corpo: FPS 15
— rosto: FPS 30
 
E para fugir do problema, segundo Dra Karina, é fundamental que as pessoas aceitem e respeitem os limites do próprio corpo.
— Mesmo nos períodos de sol mais suave, nunca se exponha mais do que duas horas seguidas. Um bebê não deve ficar mais de dez minutos no sol, mesmo de manhã cedo ou no final da tarde. A pele ainda é muito sensível para este tipo de exposição — afirma.