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O Melhor Abraço do Mundo Publicado: 11 Novembro 2020 | Última Atualização: 11 Novembro 2020

Livro infantil mostra como o ato de abraçar pode transformar o mundo em um lugar melhor

Luluzinha e Jorge são os personagens que guiam o leitor nesta história cheia de sentimentos. Escrita por Luciene Balbino, a obra fala sobre conviver com as diferenças.

O distanciamento social necessário para conter o avanço do novo coronavírus este ano fez com que o brasileiro tivesse de interromper um hábito muito comum por aqui: dar abraços. Coincidentemente, um livro lançado em janeiro traz como tema justamente essa calorosa demonstração de afeto.

“O Melhor Abraço do Mundo - Ser Diferente Faz Parte da Natureza Humana”, da editora D'Livros, é um livro infantil que fala sobre amizade, saudades e diferenças e mostra a importância do abraço. Já publicado aqui no Brasil, será também lançado em Portugal pela Editora Estúdio Didáctico ainda este ano.

Como personagens principais, a brasileira Luluzinha e o português Jorge. Os dois se conhecem na escola em que frequentam em Portugal. Ela negra, ele branco, convivem também com crianças de diferentes etnias e histórias de vida, com deficiência ou não. O objetivo da escritora Luciene Balbino é mostrar como somos todos um único povo, formado por nossas diferenças e singularidades. Sem falar diretamente sobre preconceitos, ela mostra como o mundo seria melhor se as pessoas abraçassem mais a realidade do outro e respeitassem as diferentes vivências.

“Ninguém é melhor que ninguém. Somos seres humanos que precisamos uns dos outros”, afirma a escritora. “A ideia do livro nasceu em Portugal. Eu estava no país, sozinha, sem família… e bate uma carência muito grande. É muito bom a gente poder abraçar. Agora estamos sentindo muita falta disso.”

O personagem Jorge sabe como um abraço é importante e, como não pode mudar o mundo de uma única vez, ele propõe uma campanha para que ele e seus colegas de classe se abracem mais. O que ele e Luluzinha gostariam mesmo é de mudar o nome do mundo para “Abraço”, mas como isso é impossível, o nome da sala de aula passou a ser esse.

“O que eu quis explorar nesse livro são os sentimentos. Já passou da hora de acabarmos com o preconceito, algo totalmente estrutural, criado pelo homem. Em nenhum momento os personagens apontam diferenças, eu quis preservar a pureza das crianças. Quem ensina os preconceitos para os pequenos são os próprios pais, a sociedade.”