Palavra de especialista
Como Saber Se o Seu Filho Tem TDAH? Publicado: 14 Abril 2022 | Última Atualização: 14 Abril 2022

É Muito Importante Para Pais e Profissionais, Saberem Qual A Forma De Se Fazer O Diagnóstico Correto!

A Criança Mais Agitada, Muitas Vezes Se Confunde Com A Criança Que Tem TDAH - Transtorno De Déficit De Atenção E Hiperatividade

“Nem toda a criança que tem um comportamento agitado, tem déficit de atenção ou é hiperativo” –explica o Dr. Marcone Oliveira, Médico Neuropediatra e orientador de pais, com mais de 1 milhão de seguidores em suas redes sociais."

O TDAH (Transtorno de déficit de atenção), ou seja, a criança HIPERATIVA, é o transtorno comportamental mais comum na infância, atingindo até 5% destas. Geralmente, 95% das crianças precisam apresentar este quadro até os 12 anos de idade e normalmente essa característica é observada quando elas iniciam os anos escolares.

No geral, são os professores, os primeiros a observarem a diferença no comportamento da criança e pedirem o encaminhamento para avaliação médica.

A criança mais agitada, muitas vezes se confunde com a criança que tem TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e é muito importante, tanto para pais como para profissionais que trabalham com essas crianças saberem qual a forma correta de se fazer o diagnóstico. – diz o Dr. Marcone Oliveira

É importante lembrar que a criança com TDAH pode, muitas vezes, não ser agitada, mas sim ter uma desatenção tão grande que a prejudica no dia-a-dia. - Ressalta o especialista.

Para saber se a criança tem TDAH e qual o TDAH é predominante nessa criança, é necessário usar os chamados critérios diagnósticos que se encontram no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição (DSM5).

Estes critérios (sinais e sintomas) são divididos em dois grupos para identificar a criança com TDAH

Veja os critérios abaixo:
– Déficit de atenção –
Desatenção a detalhes e erros;
Dificuldade em sustentar atenção; parece não ouvir;
Dificuldade com instruções, regras e prazos;
Desorganização;
Evita/reluta tarefas de esforço mental;
Perde, esquece objetos;
Alta distração;
Não automatiza tarefas do cotidiano.

– Hiperatividade e impulsividade –
Movimento excessivo do corpo durante postura;
Dificuldade em permanecer sentado;
Sobe, escala, exposição em perigos;
Acelerado para as atividades;
Faz tudo “a mil”;
Fala demais e se intromete;
Responde antes de concluir perguntas;
Dificuldade em esperar;
Interrompe inoportunamente.

Qual o exame (laboratorial ou de imagem) faço para saber o diagnóstico?
É importante lembrar que o diagnóstico é essencialmente clínico, não existem exames laboratoriais ou de imagem que possam ser feitos para definir o quadro, ou seja, não existe um marcador biológico detectável.

O diagnóstico dessas crianças deve ser feito através de uma avaliação interdisciplinar que envolvem profissionais da psicologia, da fonoaudiologia, psicopedagogia e professores, sempre que possível. Além deste diagnóstico, é de bom tom usarmos escalas para definição de sintomas. E não podemos esquecer que a família exerce um papel importante e fundamental na construção deste diagnóstico –finaliza o Dr. Marcone Oliveira.

CREDITOS:
Dr. Marcone Oliveira é Médico Pediatra, com especialização em Neurologia Infantil pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Possui também Graduação em Farmácia pela Universidade Vale do Rio Doce; é Mestre em Ciências Fonoaudiológicas pela UFMG.
Atualmente é Diretor Clínico da Clínica Proevoluir - Médico Neuropediatra.
É Pai do Augusto e da Olga.
Site:https://drmarcone.com.br
Instagram: @doutormarcone
Youtube: https://www.youtube.com/c/DrMarconeOliveiraNeuropediatra