Consultor financeiro da TudoNoBolso dá recomendações divididas por faixa etária para abordar esse tema.
O Dia das Crianças se aproxima e é chegado aquele momento em que tanto presentes como dinheiro costumam fazer a alegria dos pequenos. Isso torna a oportunidade excelente para falar de finanças e da importância de escolher bem onde gastar. A pesquisa “Finanças para os filhos: dinheiro é coisa de adulto?”, realizada pela Serasa em 2023, revela que 8 em cada 10 pais conversam sobre o assunto com os filhos, o que mostra que o tema deixou de ser tabu dentro de casa - dos entrevistados, 56% disseram não se lembrar de terem falado com seus pais sobre isso no passado.
“Não há uma idade mínima para começar a falar de dinheiro. Mesmo para os menores é possível introduzir o tema de maneira lúdica, ajudando-os a escolher entre duas coisas que eles desejam, por exemplo. Passo a passo, essas lições vão crescendo e ajudando a formar um adulto consciente da importância de se ter um planejamento financeiro”, afirma Lucas Moura, consultor da TudoNoBolso, fintech de educação financeira, soluções de crédito e benefícios corporativos.
O especialista explica que, com o decorrer dos anos, os pais podem introduzir novos ensinamentos aos filhos. Da importância das escolhas à gestão do dinheiro, a ideia é que, a cada fase, a criança se sinta mais preparada para maiores responsabilidades com as finanças – delas e de toda a família. “Planejamento financeiro familiar envolve pais e filhos. Os menores precisam entender de onde vem o dinheiro que gastam, que os sustenta, e a importância de cuidar e usar bem”, completa.
Lucas levantou quatro dicas para ajudar os pais e familiares a falar com crianças de diferentes faixas etárias. Ele destaca que a educação financeira desde cedo não só forma adultos mais conscientes, como pode também transformar o comportamento financeiro de uma geração, criando uma cultura de planejamento e segurança econômica.
Comece cedo: ensine as crianças de 5 a 9 anos sobre escolhas financeiras
A partir dos 5 anos já é possível oferecer pequenos valores para uma determinada finalidade e incentivar a criança a fazer escolhas. Um exemplo é na hora do mercado: ajude-a a entender que, com o mesmo valor, ela pode comprar quantidade, variedade e qualidade de diferentes produtos, o que aguça também a busca por promoções.
Dos 9 aos 12: a hora de entender o valor do dinheiro
Aos 9 anos, com o bombardeio da publicidade na TV, no rádio, em redes sociais, os pequenos tendem a querer tudo. Pode ser hora de investir em uma semanada - menor que uma mesada e mais fácil para ajudar nos primeiros passos da administração do dinheiro -, e ensiná-los que não dá para comprar tudo de uma vez, que é preciso poupar para conquistar bens maiores. A mesma pesquisa da Serasa mostra que 39% dos pais têm o hábito de dar mesada no Brasil. A maioria destina uma quantia mensal para crianças na faixa de 6 a 11 anos.
Adolescentes: planejamento financeiro e responsabilidades
Aos 13 e 14 anos, eles passam a seguir a moda e querer fazer parte de suas tribos. Ensiná-los a planejar os gastos do mês para fazer a mesada render ajudará a poupar também para a diversão com os amigos e algumas comprinhas mais caras que não estão no orçamento da família, como um videogame ou o tênis que acabou de ser lançado. Já é possível ser mais duro com a administração dos valores e não oferecer dinheiro extra a não ser para emergência.
Prepare para o futuro: 15 anos em diante
A partir dos 15 anos os adolescentes já começam a ser confrontados com o futuro: qual carreira seguir, a faculdade a escolher, a preparação para o ENEM, entre muitos outros temas. Aqui, a mesada pode aumentar para incluir gastos adicionais dessa fase, mas também é uma boa oportunidade para que eles comecem a poupar para o longo prazo, como pagar a faculdade ou um curso no exterior. Aqueles que criaram a consciência financeira poderão aproveitar mais oportunidades de estudo e já valorizarão o dinheiro antes mesmo de começar a trabalhar.
“Não há uma fórmula única para as famílias tratarem do tema. Cada pai ou mãe também aprendeu – e segue aprendendo – a administrar as finanças da melhor maneira que encontrou. Mas conversar de maneira séria e se mostrar aberto a dúvidas e até mesmo a admitir enganos é a melhor forma de, juntos, construírem uma relação saudável e benéfica com o dinheiro. Isso é fundamental para o futuro não só das crianças, mas da sociedade”, finaliza o consultor da TudoNoBolso.
Sobre a TudoNoBolso
Fundada em 2024, a nova fintech TudoNoBolso nasce com o propósito de ajudar a resgatar a autoestima e o bem-estar do trabalhador. Oferece, através de uma plataforma única e simplificada, crédito consignado privado, descontos em instituições de ensino, farmácias e outros estabelecimentos, além de orientação financeira. A fintech é comandada por cinco sócios-fundadores com grande experiência no mercado.