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Obesidade Infantil: uma em cada três crianças estão acima do peso no Brasil Publicado: 26 Abril 2021 | Última Atualização: 26 Abril 2021

No Brasil, o aumento do sobrepeso é particularmente importante, alerta o UNICEF- Fundo das Nações Unidas para a Infância

As taxas de sobrepeso e obesidade infantil estão subindo rapidamente no cenário mundial, sobretudo no período de pandemia. A Organização Mundial da Saúde estima que, em 2025, cerca de 75 milhões de crianças estarão obesas.

No Brasil, atualmente, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso, de acordo o IBGE. Notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, revelam ainda que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso; 9,38% com obesidade; e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso; 9,53% são obesos; e 3,98% têm obesidade grave.

O sobrepeso infantil apresenta riscos à saúde da criança e pode comprometer sua qualidade de vida na fase adulta, desencadeando problemas respiratórios, colesterol, enxaquecas, diabetes, entre outras complicações. Aumentar o aleitamento materno na infância e limitar o consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura, como refrigerantes, biscoitos e fast food também é essencial para evitar que crianças se tornem obesas e para reduzir os níveis atuais da doença, alerta a Federação Mundial de Obesidade.

Entretanto, a família tem papel fundamental para poder mudar todo esse cenário e prevenir a obesidade infantil. “É necessário que a Educação Nutricional seja incluída nas famílias. Pais e mães que incentivam e promovem bons hábitos alimentares aos filhos contribuem para o desenvollvimento de bons costumes até na vida adulta deles, diz a nutricionista Luanna Caramalac Munaro, especialista em adequação nutricional e comportamental.

De acordo com a profissional, a família é exemplo e espelho às crianças. “Os pais devem privilegiar a alimentação saudável para eles e para as crinaças. É comum ver os pais cobrarem bons hábitos dos filhos, mas muitos deles não se alimentam bem. Antes de querer que o filho coma, é preciso da o exemplo. Via de regra os filhos seguem o padrão de comportamento dos pais na alimentação. Se os pais não têm uma alimentação saudável, dificilmente os filhos terão”, explica.

Também é essencial que a criança participe da preparação desses alimentos, isso ajuda a trazer consciência da importância de ter uma alimentação mais saudável. “Participar do processo e incentivar a criança a gostar fica menos impositivo e mais participativo. Esse contato com a preparação dos alimentos amplia a percepção dos bons hábitos”, finaliza a especialista.

Sobre:

Nutricionista Dra. Luanna Caramalac Munaro – CRN - 3 49383 - atua na área da saúde integrativa com o foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas não transmissíveis, como: doenças autoimunes, depressão, infertilidade, câncer, diabetes, HAS, compulsão alimentar e emagrecimento. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional- VP, em Adequação Nutricional e Manutenção da Homeostase, Pós- graduanda em Nutrição Comportamental- IPGS, formação em modulação intestinal.